Dizem sobre coisa alguma,
Sobre o futuro incerto que vem de servir,
Um universo ainda a vir?
Passados, amassados noites a vir e a revir,
Eis que um dia virá a dizer, eu o vi ''coisa alguma'',
Tenho pois então a lhe dizer,
Triste fim aqueles que algo eram,
Algo a ser? Tende a ser,
Pois vejo então, ''coisa alguma'' eu o vejo.
Surdos, todos surdos para dele ouvir,
Perante fins de mera misericórdia tendo a cantar,
Tendo a sentir que tudo está esvair-se,
Em um gigantesco mar de nada.
Do nada vim e ao nada voltarei,
Será? Criar-te-ei então,
Brindo então, a grande e triste existência,
Deste que chamamos de nada.
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