Es tu realmente existente?
Há aqueles que digam que es fraqueza,
Que es tristeza irreconhecível,
Dor imemoriável.
Maldição destruidora,
Voraz devoradora dos sonhos dos vivos,
Câncer de todos os seres vivos,
Es tu apenas a doença.
Mal algum me faz,
Tornas-te então um mal necessário?
Maldito fim.
Câncer agudo,
Maldição dos seres vivos,
Tristeza infalível,
Fatídico fim.
Chevalier de Pas
quarta-feira, 24 de abril de 2013
Desejo
Oh! Glorioso desejo infinito,
Esta carnalidade que me consome,
Suspiro, então reajo.
Glorioso desejo carnal,
Suspiros, choros, gritos,
Todos ardendo,
Neste glorioso desejo.
Ardem? Eis então que me deparo,
Nesta gloriosa orgia espiritual,
De fato não era carnal?
Vida fraca, aos fracos possui,
Aos fortes tenta,
E aos loucos consome.
Desejo maldito,
Maldito porém glorioso,
Um mal falado, um mal cuspido,
Escárnio, grito então.
Doce, ardente e fulminante,
Gosto sádico e derrotado,
Consome cada segundo,
Nesta doce porém sádica sensação.
Esta carnalidade que me consome,
Suspiro, então reajo.
Glorioso desejo carnal,
Suspiros, choros, gritos,
Todos ardendo,
Neste glorioso desejo.
Ardem? Eis então que me deparo,
Nesta gloriosa orgia espiritual,
De fato não era carnal?
Vida fraca, aos fracos possui,
Aos fortes tenta,
E aos loucos consome.
Desejo maldito,
Maldito porém glorioso,
Um mal falado, um mal cuspido,
Escárnio, grito então.
Doce, ardente e fulminante,
Gosto sádico e derrotado,
Consome cada segundo,
Nesta doce porém sádica sensação.
terça-feira, 23 de abril de 2013
Esclarecimentos sobre o nome do blog
Bem... Chevalier de Pas vem do francês(Cavaleiro de Coisa Alguma), foi o primeiro heterônimo de Fernando Pessoa, feito aos 6 anos de idade, fase em que seu pai morria, foi algo que provavelmente fez para substituir seu pai, nascendo assim uma série de heterônimos. Creio que seja algo que me defina, um grande nada, sem definição alguma, incerto porém certo, contraditório, algo dual.
Chevalier de Pas
Dizem sobre coisa alguma,
Sobre o futuro incerto que vem de servir,
Um universo ainda a vir?
Passados, amassados noites a vir e a revir,
Eis que um dia virá a dizer, eu o vi ''coisa alguma'',
Tenho pois então a lhe dizer,
Triste fim aqueles que algo eram,
Algo a ser? Tende a ser,
Pois vejo então, ''coisa alguma'' eu o vejo.
Surdos, todos surdos para dele ouvir,
Perante fins de mera misericórdia tendo a cantar,
Tendo a sentir que tudo está esvair-se,
Em um gigantesco mar de nada.
Do nada vim e ao nada voltarei,
Será? Criar-te-ei então,
Brindo então, a grande e triste existência,
Deste que chamamos de nada.
Sobre o futuro incerto que vem de servir,
Um universo ainda a vir?
Passados, amassados noites a vir e a revir,
Eis que um dia virá a dizer, eu o vi ''coisa alguma'',
Tenho pois então a lhe dizer,
Triste fim aqueles que algo eram,
Algo a ser? Tende a ser,
Pois vejo então, ''coisa alguma'' eu o vejo.
Surdos, todos surdos para dele ouvir,
Perante fins de mera misericórdia tendo a cantar,
Tendo a sentir que tudo está esvair-se,
Em um gigantesco mar de nada.
Do nada vim e ao nada voltarei,
Será? Criar-te-ei então,
Brindo então, a grande e triste existência,
Deste que chamamos de nada.
Dormi
Anjos caindo,
Impérios a falir,
Eis um mundo destruído,
Oh! Doce crise.
Um sonho lindo e feliz,
Num universo cheio de nada,
Triste fim teve,
Pois acordei.
Dor, oh cruel dor!
Dor? Apenas dor,
Desejo incessável,
Crise incansável.
Acordei sem ver,
Aquele universo profundo e vazio,
Triste enfim, apenas a vir,
Apenas um sonho.
Ardente, queimando,
Vermelho e voraz,
Caminhando pelo nada,
Porém vendo tudo.
Suspiro, suspiro profundamente,
Eis que vejo então, trago este doce ardor amargo,
Eis o meu câncer,
Uma derrota, sem derrota.
Dormi e acordei sem saber,
Aquele mundo imaginário foi-se,
Esvaiu-se então, junto com o resto foi-se,
Trago esta dor profunda,
E a transformo... em nada
Um nada profundo e vazio,
Completo e cruel,
Sadio e são,
Cruel e louco.
Sinto esta dor,
Trago-a sem ardor,
Supero o fracasso,
E caio mais uma vez.
Destinado, sempre no final,
Um caso incessável de loucura,
Sã, de forma tão sádica, morreu,
Esvaiu-se, sempre no final.
As noites, sempre tão escuras,
Vieram a me dizer então,
Louco, porém são,
Viu então sua dor fugir.
Acordei sem saber,
Passou-se tudo então,
Um fim incansável,
Derradeiro e fatídico,
Enfim, acabou-se então.
Impérios a falir,
Eis um mundo destruído,
Oh! Doce crise.
Um sonho lindo e feliz,
Num universo cheio de nada,
Triste fim teve,
Pois acordei.
Dor, oh cruel dor!
Dor? Apenas dor,
Desejo incessável,
Crise incansável.
Acordei sem ver,
Aquele universo profundo e vazio,
Triste enfim, apenas a vir,
Apenas um sonho.
Ardente, queimando,
Vermelho e voraz,
Caminhando pelo nada,
Porém vendo tudo.
Suspiro, suspiro profundamente,
Eis que vejo então, trago este doce ardor amargo,
Eis o meu câncer,
Uma derrota, sem derrota.
Dormi e acordei sem saber,
Aquele mundo imaginário foi-se,
Esvaiu-se então, junto com o resto foi-se,
Trago esta dor profunda,
E a transformo... em nada
Um nada profundo e vazio,
Completo e cruel,
Sadio e são,
Cruel e louco.
Sinto esta dor,
Trago-a sem ardor,
Supero o fracasso,
E caio mais uma vez.
Destinado, sempre no final,
Um caso incessável de loucura,
Sã, de forma tão sádica, morreu,
Esvaiu-se, sempre no final.
As noites, sempre tão escuras,
Vieram a me dizer então,
Louco, porém são,
Viu então sua dor fugir.
Acordei sem saber,
Passou-se tudo então,
Um fim incansável,
Derradeiro e fatídico,
Enfim, acabou-se então.
Triste e sádico fim
Deparo-me com uma dor,
Escárnio agudo,
Maldição incessável,
Maldito fim.
Eis que um dia veio a mim,
Um homem encapuzado,
Dei-me então por morto,
Escárnio póstumo.
Há! Maldita glória,
Glória dos mortos,
Enquanto os mesmos gritam,
Ardem e consomem.
Glória falsa pois então,
Finados sempre,
Esperança os falta,
Mortos, no final.
Sinto este cheiro podre,
Uma doce chuva de entranhas,
Malditos, pois não, tendem a merecer,
Triste, porém glorioso fim.
Escárnio agudo,
Maldição incessável,
Maldito fim.
Eis que um dia veio a mim,
Um homem encapuzado,
Dei-me então por morto,
Escárnio póstumo.
Há! Maldita glória,
Glória dos mortos,
Enquanto os mesmos gritam,
Ardem e consomem.
Glória falsa pois então,
Finados sempre,
Esperança os falta,
Mortos, no final.
Sinto este cheiro podre,
Uma doce chuva de entranhas,
Malditos, pois não, tendem a merecer,
Triste, porém glorioso fim.
O Brado Canto das Valkyrias
Vida, es tu tão perversa?
Ou só maléfica?
Cruel ou indiferente,
Es tu apenas a vida.
Deparo-me com teus doces cantos,
Teus caminhos incertos cheios de certeza,
E vejo-me então, um finado.
Suspiro ao viver, vivo de suspirar,
Doce ardor amargo,
De um âmbito sempre tão falho,
A luz, sempre tão enganadora,
Enfim, póstumas palavras.
Fim aos que disseram, tristes os que vieram,
Um universo cheio de mágoas,
Triste perante os fins,
Amargo perante os meios
Amargo canto de dor,
Sangrento em suas simples sutilezas,
Triste! Maravilhoso pois, de cor tão doirada,
Me deparo com seu desamparo.
Cantem, cantem pois está a vir,
Tal dia de suma glória, se mostrou incapaz,
Triste fim teve, triste fim teve,
Cantem pois jamais virá.
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